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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ciclo das Rochas

Rochas
• Agregado sólido de minerais de origem natural
• Produtos consolidados, resultantes da união
natural de minerais
• Diferente de sedimentos, por exemplo: areia da
praia é um conjunto de minerais soltos.
• Composição mineralógica
• Textura ou relação entre os minerais

Tipos de Rocha conforme a
origem
• Ígneas ou magmáticas
• Sedimentares
• Metamórfica
Rochas ígneas
As rochas ígneas (do latim ignis, fogo) são também conhecidas como 
rochas magmáticas. Elas são formadas pela solidificação (cristalização) 
do magma, que é um líquido com alta temperatura, em torno de 
700 a 1200oC, proveniente do interior da Terra.
As rochas ígneas podem conter jazidas de vários metais (ouro, platina, cobre,
estanho, etc.) e trazem à superfície do planeta importantes informações
sobre as regiões profundas da crosta e do manto terrestre.
O tamanho dos cristais das rochas ígneas é, em geral, proporcional 
ao tempo de resfriamento do magma, isto é, quanto mais lenta for
a cristalizaçãode um magma, maiores são os cristais formados e 
vice-versa.


Magmas cristalizados a grandes profundidades no interior da crosta 
esfriam lentamente, possibilitando que seus cristais se desenvolvam 
até atingir tamanhos visíveis a olho nu (>> 1 mm). Rochas ígneas
deste tipo são denominadas rochas plutônicas, como por exemplo o granito.
Nos vulcões, o magma (lava) atinge a superfície da crosta e entra em 
contato com a temperatura ambiente, resfriando-se muito rapidamente. 
Como a solificação é praticamente instantânea, os cristais não têm tempo 
para se desenvolver, sendo portanto muito pequenos, invisíveis a olho 
nu (<<1mm). Rochas deste tipo são denominadas rochas vulcânicas, 
como o basalto.
Quando o magma se cristaliza muito próximo à superfície, mas ainda no 
interior da crosta, o resfriamento é um pouco mais lento que o das 
rochas vulcânicas, permitindo que os cristais sejam visíveis a olho nu,
embora ainda de tamanho pequeno (~1mm). Rochas deste tipo são
denominadas rochas sub-vulcânicas, a exemplo do diabásio.

2.2. Rochas sedimentares.
As rochas sedimentares são o produto de uma cadeia de processos
que ocorrem na superfície do planeta e se iniciam pelo intemperismo
das rochas expostas à atmosfera.
As rochas intemperisadas perdem sua coesão e passam a ser 
erodidas e transportadas por diferentes agentes (água, gelo, vento,
gravidade), até sua sedimentação em depressões da crosta terrestre,
denominadas bacias sedimentares. A transformação dos sedimentos 
inconsolidados (p. ex. areia) em rochas sedimentares
(p. ex. arenito) 
é denominada diagênese, sendo causada por compactação e cristalização
de materiais que cimentam os grãos dos sedimentos.
As rochas sedimentares fornecem importantes informações sobre as 
variações ambientais ao longo do tempo geológico. Os fósseis, que 
são vestígios de seres vivos antigos preservados nestas rochas, são
a chave para a compreensão da origem e evolução da vida.
A importância econômica das rochas sedimentares está em conterem, 
em determinadas situações, petróleo, gás natural e carvão mineral, 
que são as principais fontes de energia do mundo moderno.
As rochas sedimentares formadas pela acumulação de fragmentos de
minerais ou de rochas intemperizadas são denominadas rochas clásticas 
ou detríticas, como o arenito. Existem também rochas sedimentares formadas 
pela precipitação de sais a partir de soluções aquosas saturadas (p. ex. evaporito) 
ou pela atividade de organismos em ambientes marinhos (p. ex. calcário),
sendo denominadas rochas não-clásticas ou químicas.


2.3. Rochas metamórficas
As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de
rocha, quando esta é levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde ela se formou. Nestes ambientes,
os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, 
estáveis nas condições vigentes.
Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as
condições físicas em que ocorreu o metamorfismo.
O estudo das rochas metamórficas permite identificar grandes eventos 
geotectônicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento
da atual configuração dos continentes.
As cadeias de montanhas (por exemplo Andes, Alpes, Himalaias) são grandes 
deformações da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectô-
nicas. 
As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de 
montanhas durante sua edificação são o principal mecanismo formador de 
rochas metamórficas.
O metamorfismo pode ocorrer também em outras situações, ao longo de
planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou
nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação
de calor (alta temperatura).

O Intemperismo e a Erosão


As rochas que estão aflorando na crosta terrestre, sejam de que tipo for,
sofrem constantemente desagregação e decomposição, seguidas de 
transporte dos fragmentos assim produzidos. Esses fragmentos, 
chamados sedimentos, são depositados em outros locais, onde, 
com a passar de muito tempo, poderão dar origem a novas rochas,
do tipo sedimentar.
O intemperismo e a erosão são as fases iniciais desse grande 
processo geológico.



I N T E M P E R I S M O
Dá-se o nome de intemperismo (também chamado de meteorização) ao conjunto 
de alterações físicas (desagregação) e químicas (decomposição) que as rochas 
sofrem quando ficam expostas na superfície da Terra. É um processo importante 
porque é o início de um processo maior que continua com a erosão e a deposição
do material por ele formado, com a posterior diagênese, que leva à formação 
das rochas sedimentares.

É a partir do intemperismo também que se forma o regolito, conjunto do material 
alterado, e, num estágio mais avançado, o solo, material superficial em avançado
estado de alteração e lixiviação, associado à matéria orgânica, fundamental à
prática agrícola e, portanto, à sobrevivência do ser humano.

Fatores que controlam o intemperismo
São vários os fatores que influem no intemperismo:

Clima
É o mais importante. É ele que determina a distribuição sazonal das chuvas,
fundamentais porque é a água o principal agente transportador dos produtos do intemperismo, e as variações de temperatura, que contribuem para a fragmentação 
das rochas, através da alternância de períodos de dilatação com períodos de 
contração. Quanto maior a disponibilidade de água e quanto mais freqüente for sua renovação, mais completas serão as reações químicas do intemperismo. Quanto à temperatura, para cada 10 ºC de elevação há um aumento de duas a três vezes na velocidade das reações química. Isso explica por que o intemperismo é mais intenso
nos trópicos.

Relevo
Determina a maior ou menor velocidade do fluxo da água das chuvas, com
consequente menor ou maior infiltração no solo. Em encostas de alta declividade,
a água fica pouco tempo em contato com as rochas e assim não consegue 
promover adequadamente as reações químicas. Nas baixadas, a água fica, 
ao contrário, bastante tempo em contato, mas não se renova facilmente, de 
modo que fica saturada nos componentes solúveis e perdem sua capacidade 
de continuar atacando os minerais. Portanto, é nas encostas suaves que o 
intemperismo é mais intenso.


Rocha-mãe
Importante porque, dependendo de sua composição mineralógica, textura e 
estrutura, terá maior ou menor resistência à decomposição e à desagregação. Os 
primeiros minerais a cristalizar no resfriamento de um magma são os mais instáveis nas condições normais de pressão e temperatura e, assim, são os primeiros a se alterar. Por essa razão, o quartzo é dos mais resistentes e na alteração de um granito, por exemplo, é o último a se decompor. Os mármores, por sua vez, por serem formados de carbonato de cálcio, mineral altamente solúvel em água, alteram-se com muito mais facilidade que os granitos (daí serem muito mais indicado, para tampo de pias, o granito que o mármore).

Tempo
Quanto maior o tempo de exposição de uma rocha, mais intensa será a ação intempérica sobre ela. Calcula-se que em um milhão de anos o intemperismo rebaixe o relevo de 20 a 50 metros. Na Escandinávia, onde o clima é muito frio, sobre superfícies graníticas expostas há 10.000 anos desenvolveu-se um manto de alteração de apenas poucos milímetros. Em compensação, no Havaí, região muito úmida, no período de apenas um ano desenvolveu-se, sobre lavas basálticas recentes, uma camada de solo suficiente para uso agrícola.

Fauna e flora
São fatores de importância menor, mas que atuam fornecendo matéria orgânica para reações químicas e remobilizando materiais. A concentração de CO2 no solo, proveniente da decomposição da matéria orgânica morta, pode ser até 100 vezes maior que na atmosfera. Isso facilita muito a acidificação da água, o que favorece, por exemplo, a dissolução do alumínio. Superfícies rochosas cobertas de liquens são muito mais rapidamente atacadas pelo intemperismo químico que aquelas sem liquens, e raízes de árvores têm grande poder de penetração em fendas de rochas, provocando sua dilatação.
Os materiais produzidos pelo intemperismo podem ser transportados para outro local ou permanecerem na posição original. Em qualquer um dos casos, vão gerar um solo, chamado de solo transportado no primeiro caso e de solo residual no segundo.
Tipos de intemperismo
A ação do intemperismo dá-se através de modificações nas propriedades físicas e 
químicas dos minerais e rochas. Quando predominam as primeiras, fala-se em
intemperismo físico; se predominam as segundas, fala-se em intemperismo
químico.
Quando há participação de seres vivos e de matéria orgânica, é classificado
em físico-biológico ou químico-biológico.

Intemperismo físico
Consiste basicamente na desagregação da rocha, com separação dos grãos
minerais  que a compõem e fragmentação da massa rochosa original.

As variações de temperatura dilatam e contraem o maciço rochoso, gerando fissuras que com o tempo vão se alargando. Os minerais, por sua vez, possuem diferentes coeficientes de dilatação e respondem de maneira diferente a essas variações térmicas, contribuindo também para o fissuramento. Essas mudanças são particularmente acentuadas no ambiente desértico, que tem dias quentes e noites frias.
As variações na umidade também provocam o mesmo efeito e se a água que se infiltra em fraturas da rocha sofre congelamento, o intemperismo físico é bem mais acentuado porque ao congelar a água aumenta em 9% o seu volume e exerce grande pressão sobre as paredes da rocha.
Quando a água que se infiltra em fraturas e fissuras contém sais dissolvidos 
(principalmente cloretos, sulfatos e carbonatos) e esses vêm a precipitar, pode 
igualmente ocorrer um aumento de volume e consequente fragmentação, pois isso 
causa enorme pressão sobre a rocha. Esse tipo de fragmentação é um dos 
principais problemas que afetam monumentos feitos com rocha. 
Seja qual for a causa da fragmentação, ela sempre acaba facilitando a penetração 
da água e o consequente intemperismo químico da rocha.

Fig. 2 - Erosão fluvial Grand Canyon, Colorado (EUA) Foto: Selecções do Reader’s Digest
O fluxo de água pela superfície leva à formação de ravinas (Fig. 1) e quanto mais água houver, mais acelerado será o ravinamento, de modo que ele aumenta à medida que a água avança morro abaixo.

Intemperismo químico
A maioria das rochas que hoje afloram formou-se em ambiente muito diferente daquele que há na superfície terrestre atual, onde pressão e temperatura são baixas e onde a água e o oxigênio são muito abundantes. Como consequência, os minerais que formam essas rochas estão hoje em desequilíbrio químico e tendem a se transformar em outros, mais estáveis.
O principal agente do intemperismo química é a água, que, absorvendo o CO2 da atmosfera, adquire características ácidas. Em contato com a matéria orgânica do solo, essa água fica mais ácida ainda, o que vai facilitar seu trabalho de dissolução de carbonatos e outras substâncias.
O intemperismo químico atua através de reações de hidratação, dissolução, hidrólise, acidólise e oxidação.
Os feldspatos e micas são transformados em argilas, permanecendo o quartzo inalterado. A ação da água sobre o feldspato e a biotita leva à produção de argilas, das quais a principal é o caulim.


Intemperismo biológico
É bem menos importante que os dois tipos anteriores e se dá através da ação de bactérias, que decompõem materiais orgânicos. Essee tipo de intemperismo produz os solos mais férteis do mundo, sendo muito comum na Rússida e na Ucrânia.


Processo de Diagénese


 


E R O S Ã O
Erosão é o conjunto de processos que promovem a retirada e transporte do material produzido pelo intemperismo, ocasionando o desgaste do relevo. Seus principais agentes são a água, o vento e o gelo.
O material transportado recebe o nome de sedimento e vai dar origem aos depósitos sedimentares que, através da diagênese, transformam-se em rochas sedimentares. Chama-se de diagênese um conjunto de transformações que, em resumo, consistem em compactação e cimentação dos sedimentos, dando-lhes a consistência de uma rocha.
A erosão é importante por ser responsável pela perda anual de milhões de toneladas de solo fértil, devida principalmente a práticas equivocadas de ocupação e manejo do solo. Essa perda é praticamente irrecuperável, pois exige muito tempo para ser realizada.
A erosão pode ser de vários tipos, conforme o agente que atua.

Outro tipo de erosão pluvial é a erosão remontante, que abre, no solo, sulcos que podem atingir grandes dimensões e que crescem morro acima (daí o nome), ao contrário do ravinamento. Esses sulcos recebem o nome de boçorocas (ou voçorocas) e começam a se formar quando o ravinamento atinge o lençol freático. Daí em diante, progridem de modo muito difícil de controlar, pois não mais dependem da ocorrência de chuvas para aumentar de tamanho. 


Erosão pluvial
É aquela provocada pela água das chuvas. Como foi dito, a água é um dos principais agentes erosivos. Sua ação é lenta, mas pode ser acelerada quando ela encontra o solo desprovido de vegetação, como nas áreas desmatadas.

Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva é atenuado porque a as plantas diminuem a velocidade da água que escorre pelo solo. As raízes, por sua, vez, dão mais resistência à estrutura do solo e aquelas já mortas funcionam como canais, favorecendo a infiltração da água.
Sem vegetação, o solo fica saturado em água mais rapidamente e, como consequência, ela passa a fluir pela superfície, deixando de se infiltrar.
Tudo isso fica agravado se o solo for arenoso, e não argiloso.
A primeira ação da água é através do salpicamento, que é a desagregação dos torrões e agregados do solo pelo impacto dos pingos de chuva. Esse impacto provoca também a selagem, uma obstrução dos poros do solo pelo material mais fino, o que resulta numa redução da infiltração e consequente aumento do fluxo de água superficial.
Erosão marinha (abrasão)
A água do mar provoca erosão através da ação das ondas (Fig. 3), das correntes marítimas, das marés e das correntes de turbidez. Seu trabalho é reforçado pela presença de areia e silte em suspensão. A cidade de Olinda, em Pernambuco, é um local em que a erosão marinha tem agido de modo preocupante, com o mar avançando sobre a cidade.
Fig. 3 - Erosão marinha La Portada, Chile Foto: Selecções do Reader’s Digest
Fig. 3 - Erosão marinha La Portada, Chile Foto: Selecções do Reader’s Digest
As correntes marinhas transportam grandes volumes de sedimentos de uma área para a outra.
A ação das correntes de turbidez não é percebida, porque elas atuam entre a plataforma continental e o talude continental.



 




Erosão glacial
É a erosão provocada pelas geleiras (também chamadas de glaciares). A água que se acumula nas cavidades das rochas no verão, congela quando chega o inverno, sofrendo dilatação. Isso pressiona as paredes dos poros, rompendo a rocha. A cada ano, o processo se repete, desagregando, aos poucos, a rocha.
Essas massas de gelo deslocam-se muito lentamente, mas têm uma enorme capacidade de transporte, podendo carregar blocos de rocha do tamanho de uma casa. Quando derretem, geram depósitos sedimentares muito heterogêneos, chamados de morenas ou morainas.


Erosão eólica

Fig. 4 - Erosão eólica no Salar de Uyuni (Bolívia) Foto: Thomas Wilken<br />Fonte: Dicionário Livre de Geociências
É aquela decorrente da ação do vento. Ocorre em regiões áridas e secas, onde existe areia solta, capaz de ser transportada pelo vento, que a joga contra as rochas, desgastando-as e dando origem, muitas vezes, a formas bizarras, como se vê na Fig. 4.

Ao contrário do que pensam muitas pessoas, não foi a erosão eólica, e sim a chuva, que formou as estranhas feições que tanto atraem os turistas em Vila Velha, no Paraná.

Fig. 4 - Erosão eólica no Salar de Uyuni (Bolívia) Foto: Thomas Wilken
Fonte: Dicionário Livre de Geociências

Outra feição típica do ambiente desértico são os ventifactos (Fig. 5), blocos de rocha de tamanhos variados que aparecem soltos no chão e que exibem faces planas formadas pelo impacto contínuo da areia. Eles são úteis porque a posição dessas faces indica a direção preferencial dos ventos no local.
Os grãos de areia podem ser levados a distâncias enormes por suspensão e já se constatou a presença de areias provenientes da África na Amazônia brasileira. A suspensão forma grandes depósitos arenosos, chamados de loess e é responsável também pelas tempestades de areia.
Outro meio de transporte da areia é por saltação. É ele que provoca o desgaste da parte inferior dos morros, gerando formas como a da Fig. 4 e a desagradável sensação de picadas que se sente nas pernas, quando se está na praia em dia de vento forte. 

O termo intemperismo é aplicado às alterações físicas e químicas a que estão sujeitas as rochas na superfície da Terra.     Intemperismo Químico – Implica em transformações químicas dos minerais que compõem a rocha. O principal agente do intemperismo químico é a água. Os feldspatos e micas são transformados em argilas, ao passo que o quartzo permanece inalterado.
    Intemperismo Físico ou Mecânico – Envolve processos que conduzem à desagregação da rocha, sem que haja necessariamente uma alteração química maior dos minerais constituintes. Os principais agentes do intemperismo físico são variação de temperatura, cristalização de sais, congelamento da água, atividades de seres vivos.
Intemperismo Físico:
No Arpoador, devido ao fato da rocha estar, em sua maior parte exposta, 
o intemperismo físico exerce um papel importante.

a) Variação da temperatura: Com o aumento da temperatura os minerais sofrem
dilatação, desenvolvendo pressões internas que desagregam os minerais 
e desenvolvem microfraturas, por onde penetrarão a água, sais e raízes 
vegetais.
b) Cristalização de sais: O sal trazido pela maresia, se cristaliza nas pequenas
fraturas dos minerais, desenvolvendo pressões que ampliam efeito desagregador.
Veja as estruturas tipo honey comb abaixo.

c) Atividades biológicas:
 
Orifícios de ouriços do mar

Orifícios de ouriços do mar
 
Ação desagregadora das raízes
Ação de desagregação e contenção das raízes
 
Intemperismo Químico: A ação das soluções aquosas sobre o feldspato e sobre
a mica biotita, leva à produção de argilas e à formação do solo. A principal argila
formada é o caulim, que é branco quando puro, o que o acontece muito raramente.
A cor vermelha do solo se deve aos óxidos de Ferro e Manganês liberados pela 
alteração da biotita e outros minerais que possuem estes elementos químicos 
em sua fórmula.
 
Perfil de solo
Observe na foto ao lado, a evolução do solo.
Na superfície, o solo é mais rico em argila e matéria orgânica. À medida que se aprofunda aumenta o número de cristais de feldspato, os quais já se encontram em processo de desagregação e de alteração química. Mais abaixo encontra-se a rocha (gnaisse facoidal)
não alterada, que não aparece nesta foto. A escala no centro da foto é uma régua com 10 centímetros. Como a biotita é o primeiro
mineral a se alterar, não a encontramos
neste perfil de solo.
Perfil de solo pouco desenvolvido
 


 



Erosão antrópica
É a erosão causada pela ação do ser humano. Em geral não tem grande influência,
por que sua ação é de duração muito curta, Mas, nossa capacidade de remover 
grandes massas de terra ou de rocha é cada vez maior e a erosão antrópica 
tende a ser cada vez mais significativa.
O plantio sem levar em conta o regime de escoamento das águas naturais, pode 
provocar ravinamento e formação de boçorocas. A ocupação de áreas impróprias
para a construção de moradias, como morros de alta declividade, gera
escorregamentos de solo, com danos materiais e mortes. A impermeabilização 
de superfícies, como a pavimentação de ruas, impede que a água da chuva se
infiltre e favorece as inundações em áreas urbanas.
Deve-se ter em mente também que a ação humana, embora de pequena expressão, 
pode ser o início de um grande processo erosivo. Assim, o desmatamento na
Amazônia pode facilmente levar a área desmatada a uma desertificação,
porque o solo daquela região é muito arenoso e pouco espesso. A vegetação
só é exuberante porque se desenvolve sobre restos orgânicos da própria mata,
e eles desaparecem rapidamente quando há o desmatamento.

Erosão pluvial 


  A chuva é um dos agentes erosivos mais ativos ;ao cair ,continua ou intensamente
sobre uma área ,ela pode abrir desde pequenos buracos até enormes enxurradas no solo.
A erosão causada pelas águas da chuva damos o nome de erosão pluvial .
  A chuva causa também ,o desgaste do solo ,arrastando parte dos materiais que
o compõe .Conforme o grau de agressão da força destrutiva das águas das
chuvas ,podemos considerar diferentes tipos de erosão pluvial :superficial ,quando
leve partículas do solo ,principalmente se não houver uma cobertura vegetal para
protege-lo.laminar:quando a quantidade de material carregado pela água é maior
que na erosão superficial .de sulcos :quando a enxurrada abre pequenos buracos
no solo .de ravinamento :a forma mais agressiva da erosão pluvial ,formando
verdadeiras “crateras” no solo.

Deslizamentos 


   O desgaste provocado pelas águas da chuva torna-se mais intenso como a inclinação
do terreno e a falta de vegetação .Chuvas fortes deslocam e transportam materiais nas
vertentes de morros ,provocando deslizamentos e desabamentos ,e colocam muitas áreas
em risco .Geralmente isso acontece nas decorrentes áreas de população de baixa renda
que ocupam áreas em riscos e assumem proporções sociais muito graves .
   Os deslizamentos ocorrem por causa da tendência da camada superficial do solo de
cima para baixo .A velocidade e a intensidade desse deslizamento vão depender da
maior ou menor permeabilidade dos solos e do declive .
   O movimento mais lento desse material costuma formar na base da inclinação um
por qualquer interferência ,humana ou natural .

A erosão marinha 


   O trabalho das águas do mar sobre os litorais pode ser construtivo ou destrutivo .
   O trabalho construtivo é chamado de acumulação marinha .As praias são o resultados
mais o marcante desse trabalho .Outras formas resultantes do trabalho construtivo do mar: 
as restingas ,que são cordões arenosos paralelos à costa ,os tômbolos ,que são cordões
da areia que ligam uma ilha ao continente ,e os recifes ,que se originam da consolidação
da areia de antigas praias (recifes de arenito) ou pela acumulação de corais (recifes
de coral).Os recifes são encontrados no litoral do Nordeste do Brasil .Na maioria das
vezes ,na maré baixa ,formam “piscinas naturais” muito apreciadas por turistas do
Brasil e do mundo .
   O trabalho de desgaste realizado pelas éguas do mar é chamado de abrasão 
marinha .As formas típicas da abrasão marinha são ;falésias ou costas .

A erosão glacial 


  O gelo modela o relevo através das geleiras ,massas de gelo formadas nos 
continentes ,em regiões onde a quantidade de neve que cai é menor que a da
neve que derrete .
  Consideramos dois tipos principais de geleiras :
 Continentais ou inlandsis :localizadas em regiões altas e que cobrem
grandes extensões de terra .Grandes blocos dessas geleiras podem se
soltar e ser arrastador pelas águas do mar .São os icebergs ,formados
de águas doce e que constituem um perigo para a navegação .
Alpinas :Características das altas montanhas ,também chamados de
geleiras do vale ,porque lembram um vale fluvial .As geleiras alpinas ,com o
degelo de verão ,alimentam rios e lagos .Seu poder de erosão fica mais intenso
quando carregam em sua massa gelada fragmentos de rocha que funcionam
como uma lixa sobre o solo .
  Os vales glaciais tem a forma de U .Sua parte mais elevada tem forma circular
e recebe o nome de circo glacial .

A erosão eólica 


O vento é um poderoso agente erosivo que atua principalmente nos desertos e nas praias.
O trabalho de erosão do vento ocorre de duas maneiras :
   Pela destruição :Compreende a deflação(quando o vento retira e transporta partículas
finas das rochas) e a corrosão (quando essas partículas são lançados pelo vento contra
outra rochas ,escavando-as com violência).Desses processos resultam grandes depressões,
planaltos pedregosos ou formações com aspectos exóticos ,como cogumelo ,taças ,etc.
   Pela acumulação :Quando o vento deposita os materiais que carrega .O trabalho mais 
típico de acumulação dos ventos sãos as dunas ,grandes elevações de areia que podem 
ser fixas ou móveis ,pois podem mudar de lugar conforme a direção do vento .Outra
conseqüência desse trabalho é a formação de sedimentos muito finos ,amarelados e 
muito férteis ,formados por quartzo ,argila e calcário .


Diagênese dos Fósseis

A fossildiagênese (ou diagênese fóssil) estuda o conjunto de alterações químicas e físicas
(incluindo as ações mecânicas de deformação) sofridas pelos restos dos organismos desde
o momento em que são enterrados até ao momento de sua coleta, já como fósseis. Esses
processos, genericamente chamados de fossilização, podem ser agrupados em três
categorias básicas:

Preservação Total:

aquela que preserva todo o organismo, incluindo os tecidos moles. Há registro de vertebrados 
com preservação total, como o caso de mamutes congelados, encontrados na Sibéria.

Preservação sem alteração do resto esquelético:

a que ocorre sem modificar a estrutura original do resto orgânico. Exemplos: a incrustação 
(crosta de algum minério ao redor de um osso) ou a permineralização (preenchimento dos 
poros dos ossos por algum tipo de mineral). Neste último caso pode haver uma deformação
do fóssil que poderá levar a interpretações taxonômicas errôneas.

Preservação com alteração do resto esquelético:

Ocorre quando há adição, substituição ou ainda dissolução do material original, gerando
moldes do osso original.
Os processos diagenéticos começam logo após o soterramento, pois o acúmulo gradual de
sedimentos desencadeia todo um conjunto de ações que levam à sua progressiva 
consolidação numa rocha sedimentar. Os restos orgânicos associados ao sedimento
irão sofrer estas mesmas ações e se transformarão em fósseis.
A diagênese, apesar de ser facilmente comprovada (se há um fóssil, 
ele sofreu diagênese!), é difícilde ser identificada, uma vez que, na maioria dos
casos, há substituição e adição de outros
minerais ao fosfato de cálcio (mineral original do osso), ou até mesmo a dissolução do osso e posterior preenchimento com outros minerais que estejam solúveis no subsolo, gerando um
molde. Aliás, é importante lembrar que os processos diagenéticos ocorrem após o 
soterramento, já que o fator pressão listostática (pressão exercida pelas camadas de
sedimento sobre os ossos) e temperatura são imprescindíveis para que ocorram os
processos físico-químicos que levam à fossilização.

O Processo De Fossilização

Muitas vezes nos perguntamos como um organismo vivo pode se tornar um fóssil. O
processo parece ser simples, mas é um pouco complexo.
Quando um organismo morre, inicialmente ele é decomposto pelas bactérias e fungos
que degradam a matéria orgânica. Depois disto, o organismo pode ser imediatamente
soterradoou passar por uma série de processos – desarticulação, transporte –
e só depois ser soterrado.
Esse soterramento irá acontecer quando a água, ou outro agente, transportar o
sedimento que irá recobrir o organismo. Depois de soterrado, o organismo irá passar por
um processo chamado de diagênese, que consiste na compactação (pelo peso do
sedimento) e na cimentação (o sedimento depositado sobre o organismo ou por dentro
dele, através de processos químicos,se aglomera e passa a formar uma rocha
sedimentar). Nestas condições, esse organismo agora pode ser considerado um fóssil. 
O movimento das placas tectônicas permite que uma rocha, que antes foi um fundo 
de mar, por exemplo, seja erguida acima da superfície e fique exposta.
Nesta rocha exposta é que o paleontólogo vai procurar pelos fósseis.





















Esquema representando o processo de fossilização.
O processo de fossilização dura milhares de anos, e não ocorre de uma hora para 
outra. Portanto, ainda não podemos fabricar um “fóssil em laboratório”! Entretanto,
a forma 
como ocorre esse processo pode variar. Algumas dessas possibilidades serão 
discutidas a 
seguir.

Tipos de Fósseis

Restos
Vestígios

*Restos

Normalmente consistem nas partes duras dos organismos, pois estas
apresentam alto potencial de preservação. Os restos podem ser 
compostos por: sílica(espículas das esponjas), carbonato de cálcio
(moluscos), hidroxiapatita (ossos de  vertebrados), quitina (exoesqueleto
de artrópodes), celulose (vegetais),entre outros.

Fóssil de um artrópode trilobita, encontrado na Formação Ponta Grossa,
Devoniano da Bacia do Paraná. Material depositado na Universidade
Federal do Paraná. Escala em centímetros (foto de Cristina Vega Dias).
Os restos podem ser preservados de diversas formas:
Preservação Total
Preservaçãcom Alteração dos Restos Esqueléticos
Preservação Sem Alteração Dos Restos Esqueléticos.

Vestígios

Os vestígios representam evidências da existência do organismo ou de sua
atividade.
São úteis para identificar a presença de um determinado organismo quando 
seus restos não foram fossilizados.
Dentre os vestígios, podemos citar as pegadas e pistas de organismos,
coprólitos (fezes fossilizadas), gastrólitos (rochas presentes em restos
estomacais, que auxiliavam na digestão), e também a formação de moldes 
internos e externos.
Para explicar a formação de moldes, vamos tomar como exemplo uma 
concha de um molusco bivalve. A formação de moldes ocorre quando um 
organismo é depositado, e a impressão da porção interna da concha fica 
marcada no  sedimento (molde interno). A impressão da porção externa
da concha é o molde externo. Depois disto, a concha pode ser dissolvida, 
e o espaço ocupado por ela pode ser preenchido por outro material, 
formando o contramolde.