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sábado, 6 de novembro de 2010

clima da floresta amazônica

Biodiversidade e clima da floresta amazônica

Luiz Carlos Parejo*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
A floresta Amazônica possui aproximadamente 5,5 milhões de km², sendo que 60% no Brasil, e o restante (40%) na Colômbia, Equador, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, a floresta é chamada de Amazônia Legal e abrange os Estados do Amazonas, Amapá, Mato Grosso, oeste do Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima, Acre e Tocantins.



Agência de Desenvolvimento da Amazônia
Mapa da Amazônia Legal


A floresta Amazônica é densa e fechada, o que dificulta a sua penetração e ocupação, higrófita (adaptada a grande umidade), perenifólia (apresenta folhas verdes nas copas durante o ano todo), e latifoliada (folhas grandes e largas). Possui grande biodiversidade (variedade de espécies animais e vegetais).

Há milhões de anos, a área onde está localizada era um mar e, por isso, ela apresenta solos geologicamente pouco férteis e arenosos. A floresta derruba seus galhos, frutos, folhas, animais morrem, etc. formando uma camada superficial de matéria orgânica que se decompõe e transforma-se em húmus que, por sua vez, alimenta a vegetação.

Ciclo de carbono

Ela se auto sustenta, pois se mantém produzindo o seu próprio alimento e criando um ciclo de carbono relativamente fechado. Por isso quando é queimada ou desmatada e se desenvolve a agricultura durante alguns anos, em grandes áreas, a dinâmica da floresta é interrompida e os nutrientes depositados são consumidos. É necessário muito tempo para ela se recuperar ou, pior, a floresta pode entrar em um processo de degradação com processos erosivos intensos.

O ciclo de oxigênio também é algo polêmico por que alguns autores chamam a Amazônia de pulmão do mundo, querendo dizer que ela produz muito oxigênio para o planeta todo, o que não é verdade: apesar de produzir muito oxigênio, pelo processo da fotossíntese, este é consumido à noite e pela decomposição da matéria orgânica.

A Amazônia é muito importante para o ambiente do planeta pois ela fixa o carbono da atmosfera, através do crescimento das plantas e da fotossíntese, reduzindo, assim, o efeito estufa. Ela reduz a variação da temperatura junto ao Equador, atuando como um aparelho de ar condicionado, caso a floresta não existisse a grande variação diária de temperatura poderia provocar deslocamentos intensos de vento o que mudaria o clima terrestre.

Diversidade e complexidade

Também não podemos esquecer que ela abriga um grande número de povos indígenas, sem falar em sua riqueza de matéria prima variada (remédio, minerais, alimentos, etc). Em uma análise por satélite da Amazônia, foram identificados 104 sistemas de paisagens, o que revela uma alta diversidade e complexidade de ecossistemas.

A árvores da Amazônia variam entre 40 e 300 espécies diferentes por hectare. Das 250.000 espécies de plantas superiores da terra, 170.000 (68%) vivem exclusivamente nos trópicos, sendo 90.000 na América do Sul.

Podemos dividir a floresta Amazônica em três grandes grupos:

1) Florestas de Igapó: ocorrem em solos que permanecem alagados durante cerca de seis meses, em áreas próximas aos rios. As árvores podem atingir até 40 metros de altura e raramente perdem as folhas - geralmente largas para captar a maior quantidade possível de luz solar. Nas águas aparecem as folhas da vitória-régia - que chegam a ter 4 metros de diâmetro. Ocorrem associadas aos rios de água branca.

2) Florestas de Várzea: as árvores são de grande porte (até 40 metros de altura) e apresentam características semelhantes ao igapó - embora a várzea apresente maior número de espécies. Ocorrem associadas aos rios de água preta.

3) Florestas de Terra Firme: apresentam grande porte, variando entre 30 e 60 metros; o dossel é contínuo e bastante fechado, tornando o interior da mata bastante úmido e escuro. Esta formação está presente nas terras altas da Amazônia e mescla-se com outros tipos de associações locais, como os campos e os cerrados amazônicos.
  • Com a seca na Amazônia, tartarugas e peixes-boi viram alvo fácil de caçadores

  • Só nas duas últimas semanas, aos menos 13 peixes-boi foram mortos na região de Manacapuru





  • Folha On Line
    Com a seca dos rios do Amazonas, a matança de animais como peixes-boi, botos e tartarugas se intensificou. Só nas duas últimas semanas, aos menos 13 peixes-boi foram mortos na região de Manacapuru (80 km do centro de Manaus), segundo reportagem de Kátia Brasil publicada na edição desta segunda-feira da Folha.
    O dado foi confirmado à Folha pelo comandante do Batalhão Ambiental, major Miguel Mouzinho Marinho. A situação é mais grave com o peixe-boi, pois ele é considerado pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) o mamífero aquático mais ameaçado de extinção do Brasil.
    Nesta época do ano, o animal busca refúgio nos lagos, que são braços de rios. Com o baixo nível das águas, os peixes-boi, que atingem 3 m de comprimento e pesam até 450 kg, viram presas fáceis. "Os animais ficaram confinados [nos lagos] e vulneráveis aos ataques dos caçadores", afirmou Marinho.
    A região central da bacia amazônica enfrenta uma estiagem atípica desde agosto. No Amazonas, os rios Negro e Solimões bateram recordes históricos de vazantes (baixa das águas). A população sofre ainda com a falta de água potável e de alimentos.

Seca na Amazônia

Embora o ano ainda não tenha terminado, a seca de 2010 na Amazônia pode ultrapassar a de 2005 como a mais grave da região nas últimas quatro décadas, segundo cientistas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O nível do rio Solimões atingiu a maior baixa histórica no Oeste do Amazonas, enquanto em Manaus, o rio Negro se aproxima do nível de 1963, o mais baixo em um século. Mesmo que a previsão não seja confirmada, a floresta já terá registrado três estiagens extremas em 12 anos: 1998, 2005 e 2010. De acordo com os pesquisadores, a seca atual é diferente de tudo o que já se viu.
O climatologista Joaé Marengo explica que nos eventos extremos de 1998 e 2005 a região começou a secar já no fim dos anos anteriores. "Neste ano, tivemos reduções muito acentuadas em maio, 40% menos de chuva. Na de 2005, chegou a 50% de redução já no início do verão", observou.
Aquecimento, El Niños e redução de afluentes
Mas qual seria o motivo da atual estiagem no bioma? Na opinião de Marengo, antes achava-se que os fenômenos El Niños mais intensos explicassem as secas, fator que não estaria ocorrendo agora. "O El Niño deste ano foi fraco", argumentou o climatologista.
Para Javier Tomasella, também do Inpe, a vazante anormal do rio Negro pode ser explicada pela redução do volume dos afluentes da margem Sul do Amazonas. Como o Negro é "represado" pelo Solimões em Manaus, a baixa deste automaticamente faz aquele vazar.
O aquecimento anormal do Atlântico tropical Norte pode explicar parte da seca, avaliou Marengo. O transporte de umidade para dentro da Amazônia é influenciado por ventos que sopram do oceano. Quando o Atlântico esquenta demais, ele concentra as chuvas sobre a água mais quente e afasta a umidade da região. Essa também é a explicação provável da seca de 2005, que coincidiu com uma temporada de furacões anormal na região do Caribe.
Alguns estudos detectaram a influência do aquecimento global no fenômeno de 2005. "Mas a incerteza é grande", ponderou Marengo. Para ele, a chance de influência humana nesses extremos climáticos é "50% a 60%".
"Aquela Amazônia que tinha estações chuvosas tão bem definidas que você podia ajustar seu calendário por elas acabou", considerou o ecólogo Daniel Nepstad, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). Segundo ele, outro fator por trás das secas pode ser a grande quantidade de queimadas na região, uma vez que a fumaça inibe a chuva, como já comprovaram diversos estudos na última década."A meu ver, é uma mistura de agropecuária e gases-estufa, é difícil destrinchar quanto é um ou outro. Não sou climatologista, mas o tempo tem mudado nestes meus 25 anos de Amazônia", concluiu o pesquisador.

Ciclo da Água


A dinâmica do ciclo da água. 
A água é um bem comum a todas as pessoas e indispensável a todas as formas de vida que estão dispersas ao decorrer da extensão da crosta terrestre. As águas contidas no planeta constituíam a hidrosfera e essa corresponde a parte líquida que se encontra em diversas partes como oceanos, mares, rios, lagos, geleiras, além da atmosfera.

Dessa forma podemos encontrar a água em três estados físicos, sendo líquido, gasoso e sólido. O conjunto das águas contidas no planeta desenvolvem uma interdependência entre as mesmas, isso ocorre por meio dos processos de evaporação, precipitação, infiltração e escoamento que configura como uma dinâmica hidrológica. Em outras palavras, a água que hoje está em um lençol freático logo mais poderá estar na atmosfera ou mesmo em uma geleira.

O processo que dá origem ao ciclo da água ocorre em todos os estados físicos da mesma, para conceber esse fenômeno é preciso que outro elemento provoque, no caso é motivada pela energia da irradiação solar.

Diante de toda precisão desse processo dinâmico fica evidente que caso haja um desmembramento ou interrompimento leva á instauração de uma incalculável mudança, comprometendo a configuração das paisagens e coloca em risco diversos tipos de vida no planeta. Um exemplo claro de desequilibro ligado ao ciclo natural das águas é o fenômeno do aquecimento global que leva ao derretimento das calotas polares e consequentemente provoca a elevação dos níveis dos oceanos que podem submergir ilhas e áreas costeiras de muitos países tirando pessoas e animais dessas áreas.