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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

 LENÇOU FREÁTICO


O lençol freático é caracterizado como um reservatório de água subterrânea decorrente da infiltração da água da chuva no solo nos chamados locais de recarga.
Abaixo dele há o que chamamos de zona de saturação: local onde o solo (ou rochas) está encharcado pela água e que constitui o limite inferior do lençol freático; e, como limite superior do lençol, existe a zona de aeração: local onde os poros do solo (ou rochas) estão preenchidos parte por água e parte por ar.
O lençol freático é diretamente afetado pela topografia e vegetação do local onde se encontra. Seu formato é delineado de acordo com o relevo do terreno e o tipo de rochas e sua vazão varia de acordo com a vegetação, as características do terreno, a vazão de descarga e a quantidade de chuvas.
A vegetação influi no lençol freático principalmente nos locais de recarga. É ela que permite que a água das chuvas escorra lentamente pela superfície do solo evitando a erosão, e faz com que a temperatura se mantenha relativamente baixa, evitando a evaporação muito rápida, o que prejudicaria a infiltração.
Os lençóis freáticos são um tipo de reservatório das águas subterrâneas chamados, também, de “aquíferos artesianos livres”: aquífero é uma massa rochosa que acumula água em quantidade elevada devido à alta porosidade e permeabilidade do solo (ou rochas) onde se encontra. Quando eles se encontram a uma pressão elevada, maior que 1 atm (atmosfera), dá-se o nome de “artesianos”. Os “artesianos livres” são aqueles que possuem pressão atmosférica igual a da superfície.
Essa diferença de pressão entre um tipo e outro de reservatório subterrâneo se deve a ocorrência de desnível da superfície do aquífero e do confinamento de uma ou mais camadas de baixa permeabilidade que fazem pressão sobre o líquido acumulado.
Nos lençóis freáticos ou “aquíferos artesianos livres” não há confinamento, a água flui livremente e, eles geralmente se encontram há uma profundidade não muito grande. Quando isso ocorre e eles se encontram muito próximos a superfície, pode acontecer da água “brotar” formando uma nascente.
Os reservatórios subterrâneos geralmente têm uma água bastante limpa devido à filtração natural que ela sofre ao escorrer pelo solo poroso. Tanto é que as águas minerais podem ser consumidas sem necessidade de tratamento. Mas, nas grandes cidades, ou mesmo no campo devido ao uso de agrotóxicos, a qualidade da água presente nos lençóis freáticos é bastante prejudicada, principalmente junto aos lixões.

Águas Continentais


O riacho é um exemplo de águas continentais.
No planeta Terra existe uma grande quantidade de água, a maioria está nos oceanos, nos continentes o percentual é bem menor, os rios, por exemplo, correspondem a um percentual muito pequeno.

Os rios sempre foram fundamentais para a sociedade, desde os tempos mais primórdios, o Rio Nilo, por exemplo, garantiu por muito tempo o sustento de milhares de pessoas.

Rios

A origem dos rios nada mais é que o afloramento do lençol freático, quando as águas subterrâneas chegam à superfície dando origem as chamadas “minas d´água”, e as águas das “minas”escoam nas irregularidades do relevo, formando os rios.

Mas isso não é regra geral, alguns rios têm sua origem a partir do degelo, como é o caso do rio Amazonas.

Os rios podem variar segundo a quantidade ou volume de água, vazão etc.

Rios perenes: São rios cujas águas não secam, mesmo nos períodos de pouca precipitação (chuva), esses rios são muito importantes em regiões de climas seco, árido e semiárido, principalmente na agricultura.

Rios temporários ou intermitentes: São rios temporários que secam nos períodos com pouco ou nenhum volume de precipitação.

Regime Fluvial: corresponde ao volume de água dos rios durante o ano, se o aumento do volume das enchentes e vazantes foi provocado por água da chuva, caracteriza-se regime fluvial. Caso a enchente e vazante sejam decorrentes do degelo em montanhas, é denominado de regime nival. Às vezes podem ocorrer os dois casos em um mesmo rio (ex. rio Amazonas).

Os rios parecem as “veias” de nosso organismo, umas maiores outras menores, uma suprindo a outra, formando uma interdependência, assim ocorre com os rios.
Quando um rio deságua em outro recebe o nome de afluentes, o ponto onde um rio deságua é chamado de foz.

Existem dois tipos de foz, com diferentes características.

Estuário: É quando a foz do rio abre largamente, e existe um único canal de escoamento.

Delta: Caracterizado pelo acúmulo de sedimentos na foz do rio, criando vários canais de escoamento.

Conheça a diferença entre bacia hidrográfica e rede hidrográfica.

Rede hidrográfica - É o conjunto de rios de uma bacia.
Bacia hidrográfica - É a rede hidrográfica e também a sua área de captação de água.

A maioria das bacias vai desaguar para fora, no caso, o mar, outras vão para o interior do continente, elas são denominadas de:

Exorreica - Corresponde às bacias que escoam as águas dos rios em direção aos oceanos.

Endorreica - Corresponde às bacias que escoam as águas para o interior do continente.

Existem ainda:

Arreica - Drenagem no qual o relevo não favorece o escoamento, esse ocorre em áreas desérticas.

Criptorreica - Corresponde ao escoamento subterrâneo, esse ocorre em cavernas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eras Geológicas


Através de pesquisas das rochas e dos fósseis, cientistas estimam que a Terra tenha aproximadamente 4 bilhões de anos, durante todo esse período ela passou por grandes transformações, processo classificado como eras geológicas. As diferentes eras geológicas correspondem a grandes intervalos de tempo, divididos em períodos. A alternância das eras geológicas foi estabelecida através de alterações significativas na crosta terrestre, sendo, portanto, classificadas em cinco eras geológicas distintas: Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.
Arqueozoica
A era geológica Arqueozoica é caracterizada pela formação da crosta terrestre, em que surgiram os escudos cristalinos e as rochas magmáticas, nos quais encontramos as mais antigas formações de relevo. Esse período teve início a, aproximadamente, 4 bilhões de anos atrás.
Proterozoica
Estima-se que essa era geológica teve início a cerca de 2,5 bilhões de anos atrás e findou-se há 550 milhões de anos. Durante esse período ocorreu intensa atividade vulcânica, fato que promoveu o deslocamento do magma do interior da Terra para a superfície, originando os grandes depósitos de minerais metálicos, como, por exemplo, ferro, manganês, ouro, etc. Na era geológica do Proterozoico ocorreu grande acúmulo de oxigênio na atmosfera. Também ficou caracterizada pelo surgimento das primeiras formas de vida unicelulares avançadas.
Paleozoica
A era Paleozoica prevaleceu de 550 a 250 milhões de anos atrás. Nesse período a superfície terrestre passou por grandes transformações, entre eles estão o surgimento de conjuntos montanhosos como os Alpes Escandinavos (Europa). Essa era geológica também se caracteriza pela ocorrência de rochas sedimentares e metamórficas, formação de grandes florestas, glaciações, surgimento dos primeiros insetos e répteis.

Os dinossauros surgiram na era Mesozoica
Mesozoica
A era Mesozoica iniciou-se a cerca de 250 milhões de anos atrás, ela ficou marcada pelo intenso vulcanismo e consequente derrame de lavas em várias partes do globo. Também ficou caracterizada pelo processo de sedimentação dos fundos marinhos, que originou grande parte das jazidas petrolíferas hoje conhecidas. Outras características dessa era geológica são: divisão do grande continente da Pangeia, surgimento de grandes répteis, como, por exemplo, o dinossauro, surgimento de animais mamíferos, desenvolvimento de flores nas plantas.
Cenozoica
Essa era geológica está dividida em dois períodos: Terciário (aproximadamente 60 milhões de anos atrás) e Quaternário (1 milhão de anos atrás).
- Terciário: Caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre, fato que originou os dobramentos modernos, com as mais altas cadeias montanhosas da Terra, como os Andes (América do Sul), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia). Nessa era geológica surgiram aves, várias espécies de mamíferos, além de primatas.
- Quaternário: Era geológica que teve início há cerca de 1 milhão de anos e perdura até os dias atuais. As principais ocorrências nesse período foram: grandes glaciações; atual formação dos continentes e oceanos; surgimento do homem.

Estratigrafia

O que é a estratigrafia?

Estratigrafia é o ramo da geologia directamente relacionado com a génese das rochas sedimentares
. Este trata da sua composição, origem, génese e ordenação no espaço e no tempo das rochas, assim como os acontecimentos e fenómenos relacionados com estes corpos líticos.

Definição Clássica
A estratigrafia, vem do latim stratum + grego graphia, é a descrição de todos os corpos rochosos que formam a crosta da Terra e sua organização em unidades mapeáveis distintas e úteis, com base em suas propriedades ou atributos intrínsecos, com vistas a estabelecer sua distribuição e relações no espaço e sua sucessão no tempo, e para interpretar a história geológica. A estratigrafia evoluiu bastante desde sua concepção. Atualmente a Estratigrafia de Seqüências pode ser considerada o último grande avanço científico mundial.
Estratos em afloramento de Cálcario - Baleal, Peniche

Estratos Geológicos

Os estratos geologicos consistem em diferentes aglomerados de rochas sedimentares com caracteristicas fisicas e com registos fosseis diferentes que se diferenciam em diferentes camadas. o conteudo fossilifero pode indicar a idade da camada e até mesmo o ambiente em que a rocha se formou.

Origem da Vida



Representação da Terra primitiva.

Até o presente momento, a Teoria do Big Bang é utilizada para explicar o surgimento da Terra. Acredita-se que nosso planeta  se formou há 4,5 bilhões de anos e, durante cerca de um bilhão de anos, sofreu processos importantes, como seu resfriamento, viabilizando o surgimento da vida.
Estudiosos mais antigos acreditavam que os seres vivos surgiam espontaneamente da matéria bruta – a hipótese da geração espontânea, também chamada de abiogênese. Entretanto, por meio de diversos experimentos, executados por cientistas, como Redi, Needham, Spallanzani e Pasteur, foi possível descartar essa hipótese, adotando a biogênese, que afirma que os micro-organismos surgem a partir de outros preexistentes.
Embora tenha respondido uma grande questão, a biogênese não explica como se dá o processo de surgimento de uma espécie a partir de outra. Assim, existem algumas explicações para tal, sendo a origem por evolução química a mais aceita pela categoria científica. Essa teoria propõe que a vida surgiu a partir do arranjo entre moléculas mais simples, aliadas a condições ambientais peculiares, formando moléculas cada vez mais complexas, até o surgimento de estruturas dotadas de metabolismo e capazes de se autoduplicar, dando origem aos primeiros seres vivos. Oparin, Haldane e Miller são os precursores dessa hipótese.
Atualmente, acredita-se que o primeiro ser vivo era autotrófico. Dois motivos justificam sua ampla aceitação: o fato do planeta provavelmente não dispor de moléculas orgânicas suficientes para sustentar as multiplicações dos primeiros seres vivos até que a fotossíntese surgisse, e o fato de que, em razão da instabilidade do planeta, estes organismos só conseguiriam sobreviver se estivessem em locais mais protegidos, como fontes termais submarinas dos mares primitivos. Assim, a hipótese autotrófica sugere que os primeiros seres vivos surgiram primeiramente em ambientes mais extremos, nutrindo-se a partir da reação entre substâncias inorgânicas, tal como algumas archaeas atuais: processo este denominado quimiossíntese. Essa hipótese sugere ainda que, a partir desses primeiros seres vivos, surgiram aqueles capazes de realizar fermentação, depois os fotossintéticos e, por último, os seres heterotróficos.
Acredita-se que esses primeiros indivíduos eram procarióticos, compartilhando diversas semelhanças com as arqueas; e, há cerca de dois bilhões de anos, surgiu a célula eucariótica.



A Terra Primitiva




Possíveis condições da Terra primitiva.
Estima-se que o planeta  Terra surgiu há aproximadamente 4,6 bilhões de anos e que, durante muito tempo, permaneceu como um ambiente inóspito, constituído por aproximadamente 80% de gás carbônico, 10% de metano, 5% de monóxido de carbono, e 5% de gás nitrogênio. O gás oxigênio era ausente ou bastante escasso, já que sua presença causaria a oxidação e destruição dos primeiros compostos orgânicos – o que não ocorreu, propiciando mais tarde o surgimento da vida.

Nosso planeta foi, durante muito tempo, extremamente quente em razão das atividades vulcânicas, jorrando gases e lava; ausência da camada de ozônio; raios ultravioletas, descargas elétricas e bombardeamento de corpos oriundos do espaço. Sobre isso, inclusive, sabe-se que a maioria do carbono e de moléculas de água existentes hoje foi parte constituinte de asteroides que chegaram até aqui.

Foi esta água que permitiu, ao longo de muito tempo, o resfriamento da superfície terrestre, em processos cíclicos e sucessivos de evaporação, condensação e precipitação. Após seu esfriamento, estas moléculas se acumularam nas depressões mais profundas do planeta, formando oceanos primitivos.

Agregadas a outras substâncias disponíveis no ambiente, arrastadas pelas chuvas até lá; propiciaram mais tarde o surgimento de primitivas formas de vida. Muitas destas substâncias teriam vindo do espaço, enquanto outras foram formadas aqui, graças à energia fornecida pelas descargas elétricas e radiações.

Um cientista que muito contribuiu para a compreensão de alguns destes aspectos foi Stanley Lloyd Myller, que, em 1953, criou um dispositivo que simulava as possíveis condições da Terra primitiva; tendo como resultado final a formação de moléculas orgânicas a partir de elementos químicos simples.
   

CHUVA ÁCIDA

 

A chuva ácida traz grandes conseqüências ao solo e aos lagos e rios.

Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo “chuva ácida”, descrevendo precipitações ácidas em Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do acúmulo demasiado de dióxidos de carbono e enxofre na atmosfera que ao reagirem formam gotículas de chuva e partículas de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente ocorre no local poluidor, pois tais poluentes aos serem lançados na atmosfera são levados pelos ventos podendo provocar a reação em regiões distantes.

A água de forma pura apresenta pH 7, enquanto ao contatar agentes poluidores reage modificando seu pH para 5,6 e até menos que isso, o que provoca reações, deixando conseqüências. Essas são: deficiência de água em plantas, desmatamento, acidificação do solo e da água dos rios e lagos, destrói plantações, alterações nos nutrientes das plantas, corrosão de materiais, morte de animais entre outros.

A chuva ácida como já foi citado acima é composta por agentes poluidores e a melhor maneira de evitá-la é diminuindo a quantidade desses poluidores na atmosfera, reduzindo o consumo de energia, purificando os escapamentos dos veículos, uso racional de veículos, sistema de tratamento de gases em indústrias, utilizando combustíveis livres de enxofre.



EFEITO ESTUFA


Efeito estufa provoca o aquecimento do planeta.
Do total de raios solares que atingem o planeta  quase 50% ficam retidos na atmosfera, o restante que alcança a superfície terrestre aquece e irradia calor, esse processo é chamado de efeito estufa.

Apesar do efeito estufa ser figurado como algo ruim, esse processo é um evento natural que favorece a proliferação da vida no planeta Terra. O efeito estufa tem como finalidade impedir que a Terra esfrie demais, caso a Terra tivesse a temperatura muito baixa certamente não teríamos tantas variedades de vida. Contudo, recentemente uma série de estudos realizados por pesquisadores e cientistas, principalmente no século XX, têm indicado que as ações antrópicas (ações do homem) têm agravado esse processo por meio de emissão de gases na atmosfera, especialmente o CO2.

O dióxido de carbono CO2 é produzido a partir da queima de combustíveis fósseis usados em veículos automotores movidos à gasolina e óleo diesel. Esse não é o único agente que contribui para emissão de gases, existem outros como as queimadas em florestas, pastagens e lavouras após a colheita.

Com o intenso crescimento da emissão de gases e também de poeira que vão para a atmosfera certamente a temperatura do ar terá um aumento de aproximadamente 2ºC em médio prazo. Caso não haja um retrocesso na emissão de gases esse fenômeno ocasionará em uma infinidade de modificações no espaço natural e automaticamente na vida do homem. Dentre muitas as principais são:

• Mudanças climáticas drásticas, onde lugares de temperaturas extremamente frias sofrem elevações nas mesmas ou em áreas úmidas comecem a enfrentar períodos de estiagem. Além disso, o fenômeno pode levar áreas cultiváveis e férteis a entrar em um processo de desertificação.
• Aumento significativo na incidência de grandes tempestades, furacões ou tufões e tornados.
• Perda de espécies da fauna e flora em distintos domínios naturais do planeta.
• Contribuir para o derretimento das calotas de gelo localizadas nos pólos e conseqüentemente provocar uma elevação global nos níveis dos oceanos.

O tema "efeito estufa" é bem difundido nos mais variados meios de comunicação de massa do mundo, além de revistas científicas e livros, no entanto a explicação é razoavelmente simples, devido os gases se acumularem na atmosfera a irradiação de calor da superfície fica retida na atmosfera e o calor não é lançado para o espaço, dessa forma essa retenção provoca o efeito estufa artificial. Abaixo um esboço de como ocorre o efeito estufa natural e artificial ou provocado pelo homem.

Efeito estufa natural favorável à vida na Terra.

Efeito estufa provocado pelo homem.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ciclo das Rochas

Rochas
• Agregado sólido de minerais de origem natural
• Produtos consolidados, resultantes da união
natural de minerais
• Diferente de sedimentos, por exemplo: areia da
praia é um conjunto de minerais soltos.
• Composição mineralógica
• Textura ou relação entre os minerais

Tipos de Rocha conforme a
origem
• Ígneas ou magmáticas
• Sedimentares
• Metamórfica
Rochas ígneas
As rochas ígneas (do latim ignis, fogo) são também conhecidas como 
rochas magmáticas. Elas são formadas pela solidificação (cristalização) 
do magma, que é um líquido com alta temperatura, em torno de 
700 a 1200oC, proveniente do interior da Terra.
As rochas ígneas podem conter jazidas de vários metais (ouro, platina, cobre,
estanho, etc.) e trazem à superfície do planeta importantes informações
sobre as regiões profundas da crosta e do manto terrestre.
O tamanho dos cristais das rochas ígneas é, em geral, proporcional 
ao tempo de resfriamento do magma, isto é, quanto mais lenta for
a cristalizaçãode um magma, maiores são os cristais formados e 
vice-versa.


Magmas cristalizados a grandes profundidades no interior da crosta 
esfriam lentamente, possibilitando que seus cristais se desenvolvam 
até atingir tamanhos visíveis a olho nu (>> 1 mm). Rochas ígneas
deste tipo são denominadas rochas plutônicas, como por exemplo o granito.
Nos vulcões, o magma (lava) atinge a superfície da crosta e entra em 
contato com a temperatura ambiente, resfriando-se muito rapidamente. 
Como a solificação é praticamente instantânea, os cristais não têm tempo 
para se desenvolver, sendo portanto muito pequenos, invisíveis a olho 
nu (<<1mm). Rochas deste tipo são denominadas rochas vulcânicas, 
como o basalto.
Quando o magma se cristaliza muito próximo à superfície, mas ainda no 
interior da crosta, o resfriamento é um pouco mais lento que o das 
rochas vulcânicas, permitindo que os cristais sejam visíveis a olho nu,
embora ainda de tamanho pequeno (~1mm). Rochas deste tipo são
denominadas rochas sub-vulcânicas, a exemplo do diabásio.

2.2. Rochas sedimentares.
As rochas sedimentares são o produto de uma cadeia de processos
que ocorrem na superfície do planeta e se iniciam pelo intemperismo
das rochas expostas à atmosfera.
As rochas intemperisadas perdem sua coesão e passam a ser 
erodidas e transportadas por diferentes agentes (água, gelo, vento,
gravidade), até sua sedimentação em depressões da crosta terrestre,
denominadas bacias sedimentares. A transformação dos sedimentos 
inconsolidados (p. ex. areia) em rochas sedimentares
(p. ex. arenito) 
é denominada diagênese, sendo causada por compactação e cristalização
de materiais que cimentam os grãos dos sedimentos.
As rochas sedimentares fornecem importantes informações sobre as 
variações ambientais ao longo do tempo geológico. Os fósseis, que 
são vestígios de seres vivos antigos preservados nestas rochas, são
a chave para a compreensão da origem e evolução da vida.
A importância econômica das rochas sedimentares está em conterem, 
em determinadas situações, petróleo, gás natural e carvão mineral, 
que são as principais fontes de energia do mundo moderno.
As rochas sedimentares formadas pela acumulação de fragmentos de
minerais ou de rochas intemperizadas são denominadas rochas clásticas 
ou detríticas, como o arenito. Existem também rochas sedimentares formadas 
pela precipitação de sais a partir de soluções aquosas saturadas (p. ex. evaporito) 
ou pela atividade de organismos em ambientes marinhos (p. ex. calcário),
sendo denominadas rochas não-clásticas ou químicas.


2.3. Rochas metamórficas
As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de
rocha, quando esta é levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde ela se formou. Nestes ambientes,
os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, 
estáveis nas condições vigentes.
Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as
condições físicas em que ocorreu o metamorfismo.
O estudo das rochas metamórficas permite identificar grandes eventos 
geotectônicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento
da atual configuração dos continentes.
As cadeias de montanhas (por exemplo Andes, Alpes, Himalaias) são grandes 
deformações da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectô-
nicas. 
As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de 
montanhas durante sua edificação são o principal mecanismo formador de 
rochas metamórficas.
O metamorfismo pode ocorrer também em outras situações, ao longo de
planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou
nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação
de calor (alta temperatura).

O Intemperismo e a Erosão


As rochas que estão aflorando na crosta terrestre, sejam de que tipo for,
sofrem constantemente desagregação e decomposição, seguidas de 
transporte dos fragmentos assim produzidos. Esses fragmentos, 
chamados sedimentos, são depositados em outros locais, onde, 
com a passar de muito tempo, poderão dar origem a novas rochas,
do tipo sedimentar.
O intemperismo e a erosão são as fases iniciais desse grande 
processo geológico.



I N T E M P E R I S M O
Dá-se o nome de intemperismo (também chamado de meteorização) ao conjunto 
de alterações físicas (desagregação) e químicas (decomposição) que as rochas 
sofrem quando ficam expostas na superfície da Terra. É um processo importante 
porque é o início de um processo maior que continua com a erosão e a deposição
do material por ele formado, com a posterior diagênese, que leva à formação 
das rochas sedimentares.

É a partir do intemperismo também que se forma o regolito, conjunto do material 
alterado, e, num estágio mais avançado, o solo, material superficial em avançado
estado de alteração e lixiviação, associado à matéria orgânica, fundamental à
prática agrícola e, portanto, à sobrevivência do ser humano.

Fatores que controlam o intemperismo
São vários os fatores que influem no intemperismo:

Clima
É o mais importante. É ele que determina a distribuição sazonal das chuvas,
fundamentais porque é a água o principal agente transportador dos produtos do intemperismo, e as variações de temperatura, que contribuem para a fragmentação 
das rochas, através da alternância de períodos de dilatação com períodos de 
contração. Quanto maior a disponibilidade de água e quanto mais freqüente for sua renovação, mais completas serão as reações químicas do intemperismo. Quanto à temperatura, para cada 10 ºC de elevação há um aumento de duas a três vezes na velocidade das reações química. Isso explica por que o intemperismo é mais intenso
nos trópicos.

Relevo
Determina a maior ou menor velocidade do fluxo da água das chuvas, com
consequente menor ou maior infiltração no solo. Em encostas de alta declividade,
a água fica pouco tempo em contato com as rochas e assim não consegue 
promover adequadamente as reações químicas. Nas baixadas, a água fica, 
ao contrário, bastante tempo em contato, mas não se renova facilmente, de 
modo que fica saturada nos componentes solúveis e perdem sua capacidade 
de continuar atacando os minerais. Portanto, é nas encostas suaves que o 
intemperismo é mais intenso.


Rocha-mãe
Importante porque, dependendo de sua composição mineralógica, textura e 
estrutura, terá maior ou menor resistência à decomposição e à desagregação. Os 
primeiros minerais a cristalizar no resfriamento de um magma são os mais instáveis nas condições normais de pressão e temperatura e, assim, são os primeiros a se alterar. Por essa razão, o quartzo é dos mais resistentes e na alteração de um granito, por exemplo, é o último a se decompor. Os mármores, por sua vez, por serem formados de carbonato de cálcio, mineral altamente solúvel em água, alteram-se com muito mais facilidade que os granitos (daí serem muito mais indicado, para tampo de pias, o granito que o mármore).

Tempo
Quanto maior o tempo de exposição de uma rocha, mais intensa será a ação intempérica sobre ela. Calcula-se que em um milhão de anos o intemperismo rebaixe o relevo de 20 a 50 metros. Na Escandinávia, onde o clima é muito frio, sobre superfícies graníticas expostas há 10.000 anos desenvolveu-se um manto de alteração de apenas poucos milímetros. Em compensação, no Havaí, região muito úmida, no período de apenas um ano desenvolveu-se, sobre lavas basálticas recentes, uma camada de solo suficiente para uso agrícola.

Fauna e flora
São fatores de importância menor, mas que atuam fornecendo matéria orgânica para reações químicas e remobilizando materiais. A concentração de CO2 no solo, proveniente da decomposição da matéria orgânica morta, pode ser até 100 vezes maior que na atmosfera. Isso facilita muito a acidificação da água, o que favorece, por exemplo, a dissolução do alumínio. Superfícies rochosas cobertas de liquens são muito mais rapidamente atacadas pelo intemperismo químico que aquelas sem liquens, e raízes de árvores têm grande poder de penetração em fendas de rochas, provocando sua dilatação.
Os materiais produzidos pelo intemperismo podem ser transportados para outro local ou permanecerem na posição original. Em qualquer um dos casos, vão gerar um solo, chamado de solo transportado no primeiro caso e de solo residual no segundo.
Tipos de intemperismo
A ação do intemperismo dá-se através de modificações nas propriedades físicas e 
químicas dos minerais e rochas. Quando predominam as primeiras, fala-se em
intemperismo físico; se predominam as segundas, fala-se em intemperismo
químico.
Quando há participação de seres vivos e de matéria orgânica, é classificado
em físico-biológico ou químico-biológico.

Intemperismo físico
Consiste basicamente na desagregação da rocha, com separação dos grãos
minerais  que a compõem e fragmentação da massa rochosa original.

As variações de temperatura dilatam e contraem o maciço rochoso, gerando fissuras que com o tempo vão se alargando. Os minerais, por sua vez, possuem diferentes coeficientes de dilatação e respondem de maneira diferente a essas variações térmicas, contribuindo também para o fissuramento. Essas mudanças são particularmente acentuadas no ambiente desértico, que tem dias quentes e noites frias.
As variações na umidade também provocam o mesmo efeito e se a água que se infiltra em fraturas da rocha sofre congelamento, o intemperismo físico é bem mais acentuado porque ao congelar a água aumenta em 9% o seu volume e exerce grande pressão sobre as paredes da rocha.
Quando a água que se infiltra em fraturas e fissuras contém sais dissolvidos 
(principalmente cloretos, sulfatos e carbonatos) e esses vêm a precipitar, pode 
igualmente ocorrer um aumento de volume e consequente fragmentação, pois isso 
causa enorme pressão sobre a rocha. Esse tipo de fragmentação é um dos 
principais problemas que afetam monumentos feitos com rocha. 
Seja qual for a causa da fragmentação, ela sempre acaba facilitando a penetração 
da água e o consequente intemperismo químico da rocha.

Fig. 2 - Erosão fluvial Grand Canyon, Colorado (EUA) Foto: Selecções do Reader’s Digest
O fluxo de água pela superfície leva à formação de ravinas (Fig. 1) e quanto mais água houver, mais acelerado será o ravinamento, de modo que ele aumenta à medida que a água avança morro abaixo.

Intemperismo químico
A maioria das rochas que hoje afloram formou-se em ambiente muito diferente daquele que há na superfície terrestre atual, onde pressão e temperatura são baixas e onde a água e o oxigênio são muito abundantes. Como consequência, os minerais que formam essas rochas estão hoje em desequilíbrio químico e tendem a se transformar em outros, mais estáveis.
O principal agente do intemperismo química é a água, que, absorvendo o CO2 da atmosfera, adquire características ácidas. Em contato com a matéria orgânica do solo, essa água fica mais ácida ainda, o que vai facilitar seu trabalho de dissolução de carbonatos e outras substâncias.
O intemperismo químico atua através de reações de hidratação, dissolução, hidrólise, acidólise e oxidação.
Os feldspatos e micas são transformados em argilas, permanecendo o quartzo inalterado. A ação da água sobre o feldspato e a biotita leva à produção de argilas, das quais a principal é o caulim.


Intemperismo biológico
É bem menos importante que os dois tipos anteriores e se dá através da ação de bactérias, que decompõem materiais orgânicos. Essee tipo de intemperismo produz os solos mais férteis do mundo, sendo muito comum na Rússida e na Ucrânia.


Processo de Diagénese


 


E R O S Ã O
Erosão é o conjunto de processos que promovem a retirada e transporte do material produzido pelo intemperismo, ocasionando o desgaste do relevo. Seus principais agentes são a água, o vento e o gelo.
O material transportado recebe o nome de sedimento e vai dar origem aos depósitos sedimentares que, através da diagênese, transformam-se em rochas sedimentares. Chama-se de diagênese um conjunto de transformações que, em resumo, consistem em compactação e cimentação dos sedimentos, dando-lhes a consistência de uma rocha.
A erosão é importante por ser responsável pela perda anual de milhões de toneladas de solo fértil, devida principalmente a práticas equivocadas de ocupação e manejo do solo. Essa perda é praticamente irrecuperável, pois exige muito tempo para ser realizada.
A erosão pode ser de vários tipos, conforme o agente que atua.

Outro tipo de erosão pluvial é a erosão remontante, que abre, no solo, sulcos que podem atingir grandes dimensões e que crescem morro acima (daí o nome), ao contrário do ravinamento. Esses sulcos recebem o nome de boçorocas (ou voçorocas) e começam a se formar quando o ravinamento atinge o lençol freático. Daí em diante, progridem de modo muito difícil de controlar, pois não mais dependem da ocorrência de chuvas para aumentar de tamanho. 


Erosão pluvial
É aquela provocada pela água das chuvas. Como foi dito, a água é um dos principais agentes erosivos. Sua ação é lenta, mas pode ser acelerada quando ela encontra o solo desprovido de vegetação, como nas áreas desmatadas.

Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva é atenuado porque a as plantas diminuem a velocidade da água que escorre pelo solo. As raízes, por sua, vez, dão mais resistência à estrutura do solo e aquelas já mortas funcionam como canais, favorecendo a infiltração da água.
Sem vegetação, o solo fica saturado em água mais rapidamente e, como consequência, ela passa a fluir pela superfície, deixando de se infiltrar.
Tudo isso fica agravado se o solo for arenoso, e não argiloso.
A primeira ação da água é através do salpicamento, que é a desagregação dos torrões e agregados do solo pelo impacto dos pingos de chuva. Esse impacto provoca também a selagem, uma obstrução dos poros do solo pelo material mais fino, o que resulta numa redução da infiltração e consequente aumento do fluxo de água superficial.
Erosão marinha (abrasão)
A água do mar provoca erosão através da ação das ondas (Fig. 3), das correntes marítimas, das marés e das correntes de turbidez. Seu trabalho é reforçado pela presença de areia e silte em suspensão. A cidade de Olinda, em Pernambuco, é um local em que a erosão marinha tem agido de modo preocupante, com o mar avançando sobre a cidade.
Fig. 3 - Erosão marinha La Portada, Chile Foto: Selecções do Reader’s Digest
Fig. 3 - Erosão marinha La Portada, Chile Foto: Selecções do Reader’s Digest
As correntes marinhas transportam grandes volumes de sedimentos de uma área para a outra.
A ação das correntes de turbidez não é percebida, porque elas atuam entre a plataforma continental e o talude continental.



 




Erosão glacial
É a erosão provocada pelas geleiras (também chamadas de glaciares). A água que se acumula nas cavidades das rochas no verão, congela quando chega o inverno, sofrendo dilatação. Isso pressiona as paredes dos poros, rompendo a rocha. A cada ano, o processo se repete, desagregando, aos poucos, a rocha.
Essas massas de gelo deslocam-se muito lentamente, mas têm uma enorme capacidade de transporte, podendo carregar blocos de rocha do tamanho de uma casa. Quando derretem, geram depósitos sedimentares muito heterogêneos, chamados de morenas ou morainas.


Erosão eólica

Fig. 4 - Erosão eólica no Salar de Uyuni (Bolívia) Foto: Thomas Wilken<br />Fonte: Dicionário Livre de Geociências
É aquela decorrente da ação do vento. Ocorre em regiões áridas e secas, onde existe areia solta, capaz de ser transportada pelo vento, que a joga contra as rochas, desgastando-as e dando origem, muitas vezes, a formas bizarras, como se vê na Fig. 4.

Ao contrário do que pensam muitas pessoas, não foi a erosão eólica, e sim a chuva, que formou as estranhas feições que tanto atraem os turistas em Vila Velha, no Paraná.

Fig. 4 - Erosão eólica no Salar de Uyuni (Bolívia) Foto: Thomas Wilken
Fonte: Dicionário Livre de Geociências

Outra feição típica do ambiente desértico são os ventifactos (Fig. 5), blocos de rocha de tamanhos variados que aparecem soltos no chão e que exibem faces planas formadas pelo impacto contínuo da areia. Eles são úteis porque a posição dessas faces indica a direção preferencial dos ventos no local.
Os grãos de areia podem ser levados a distâncias enormes por suspensão e já se constatou a presença de areias provenientes da África na Amazônia brasileira. A suspensão forma grandes depósitos arenosos, chamados de loess e é responsável também pelas tempestades de areia.
Outro meio de transporte da areia é por saltação. É ele que provoca o desgaste da parte inferior dos morros, gerando formas como a da Fig. 4 e a desagradável sensação de picadas que se sente nas pernas, quando se está na praia em dia de vento forte. 

O termo intemperismo é aplicado às alterações físicas e químicas a que estão sujeitas as rochas na superfície da Terra.     Intemperismo Químico – Implica em transformações químicas dos minerais que compõem a rocha. O principal agente do intemperismo químico é a água. Os feldspatos e micas são transformados em argilas, ao passo que o quartzo permanece inalterado.
    Intemperismo Físico ou Mecânico – Envolve processos que conduzem à desagregação da rocha, sem que haja necessariamente uma alteração química maior dos minerais constituintes. Os principais agentes do intemperismo físico são variação de temperatura, cristalização de sais, congelamento da água, atividades de seres vivos.
Intemperismo Físico:
No Arpoador, devido ao fato da rocha estar, em sua maior parte exposta, 
o intemperismo físico exerce um papel importante.

a) Variação da temperatura: Com o aumento da temperatura os minerais sofrem
dilatação, desenvolvendo pressões internas que desagregam os minerais 
e desenvolvem microfraturas, por onde penetrarão a água, sais e raízes 
vegetais.
b) Cristalização de sais: O sal trazido pela maresia, se cristaliza nas pequenas
fraturas dos minerais, desenvolvendo pressões que ampliam efeito desagregador.
Veja as estruturas tipo honey comb abaixo.

c) Atividades biológicas:
 
Orifícios de ouriços do mar

Orifícios de ouriços do mar
 
Ação desagregadora das raízes
Ação de desagregação e contenção das raízes
 
Intemperismo Químico: A ação das soluções aquosas sobre o feldspato e sobre
a mica biotita, leva à produção de argilas e à formação do solo. A principal argila
formada é o caulim, que é branco quando puro, o que o acontece muito raramente.
A cor vermelha do solo se deve aos óxidos de Ferro e Manganês liberados pela 
alteração da biotita e outros minerais que possuem estes elementos químicos 
em sua fórmula.
 
Perfil de solo
Observe na foto ao lado, a evolução do solo.
Na superfície, o solo é mais rico em argila e matéria orgânica. À medida que se aprofunda aumenta o número de cristais de feldspato, os quais já se encontram em processo de desagregação e de alteração química. Mais abaixo encontra-se a rocha (gnaisse facoidal)
não alterada, que não aparece nesta foto. A escala no centro da foto é uma régua com 10 centímetros. Como a biotita é o primeiro
mineral a se alterar, não a encontramos
neste perfil de solo.
Perfil de solo pouco desenvolvido
 


 



Erosão antrópica
É a erosão causada pela ação do ser humano. Em geral não tem grande influência,
por que sua ação é de duração muito curta, Mas, nossa capacidade de remover 
grandes massas de terra ou de rocha é cada vez maior e a erosão antrópica 
tende a ser cada vez mais significativa.
O plantio sem levar em conta o regime de escoamento das águas naturais, pode 
provocar ravinamento e formação de boçorocas. A ocupação de áreas impróprias
para a construção de moradias, como morros de alta declividade, gera
escorregamentos de solo, com danos materiais e mortes. A impermeabilização 
de superfícies, como a pavimentação de ruas, impede que a água da chuva se
infiltre e favorece as inundações em áreas urbanas.
Deve-se ter em mente também que a ação humana, embora de pequena expressão, 
pode ser o início de um grande processo erosivo. Assim, o desmatamento na
Amazônia pode facilmente levar a área desmatada a uma desertificação,
porque o solo daquela região é muito arenoso e pouco espesso. A vegetação
só é exuberante porque se desenvolve sobre restos orgânicos da própria mata,
e eles desaparecem rapidamente quando há o desmatamento.

Erosão pluvial 


  A chuva é um dos agentes erosivos mais ativos ;ao cair ,continua ou intensamente
sobre uma área ,ela pode abrir desde pequenos buracos até enormes enxurradas no solo.
A erosão causada pelas águas da chuva damos o nome de erosão pluvial .
  A chuva causa também ,o desgaste do solo ,arrastando parte dos materiais que
o compõe .Conforme o grau de agressão da força destrutiva das águas das
chuvas ,podemos considerar diferentes tipos de erosão pluvial :superficial ,quando
leve partículas do solo ,principalmente se não houver uma cobertura vegetal para
protege-lo.laminar:quando a quantidade de material carregado pela água é maior
que na erosão superficial .de sulcos :quando a enxurrada abre pequenos buracos
no solo .de ravinamento :a forma mais agressiva da erosão pluvial ,formando
verdadeiras “crateras” no solo.

Deslizamentos 


   O desgaste provocado pelas águas da chuva torna-se mais intenso como a inclinação
do terreno e a falta de vegetação .Chuvas fortes deslocam e transportam materiais nas
vertentes de morros ,provocando deslizamentos e desabamentos ,e colocam muitas áreas
em risco .Geralmente isso acontece nas decorrentes áreas de população de baixa renda
que ocupam áreas em riscos e assumem proporções sociais muito graves .
   Os deslizamentos ocorrem por causa da tendência da camada superficial do solo de
cima para baixo .A velocidade e a intensidade desse deslizamento vão depender da
maior ou menor permeabilidade dos solos e do declive .
   O movimento mais lento desse material costuma formar na base da inclinação um
por qualquer interferência ,humana ou natural .

A erosão marinha 


   O trabalho das águas do mar sobre os litorais pode ser construtivo ou destrutivo .
   O trabalho construtivo é chamado de acumulação marinha .As praias são o resultados
mais o marcante desse trabalho .Outras formas resultantes do trabalho construtivo do mar: 
as restingas ,que são cordões arenosos paralelos à costa ,os tômbolos ,que são cordões
da areia que ligam uma ilha ao continente ,e os recifes ,que se originam da consolidação
da areia de antigas praias (recifes de arenito) ou pela acumulação de corais (recifes
de coral).Os recifes são encontrados no litoral do Nordeste do Brasil .Na maioria das
vezes ,na maré baixa ,formam “piscinas naturais” muito apreciadas por turistas do
Brasil e do mundo .
   O trabalho de desgaste realizado pelas éguas do mar é chamado de abrasão 
marinha .As formas típicas da abrasão marinha são ;falésias ou costas .

A erosão glacial 


  O gelo modela o relevo através das geleiras ,massas de gelo formadas nos 
continentes ,em regiões onde a quantidade de neve que cai é menor que a da
neve que derrete .
  Consideramos dois tipos principais de geleiras :
 Continentais ou inlandsis :localizadas em regiões altas e que cobrem
grandes extensões de terra .Grandes blocos dessas geleiras podem se
soltar e ser arrastador pelas águas do mar .São os icebergs ,formados
de águas doce e que constituem um perigo para a navegação .
Alpinas :Características das altas montanhas ,também chamados de
geleiras do vale ,porque lembram um vale fluvial .As geleiras alpinas ,com o
degelo de verão ,alimentam rios e lagos .Seu poder de erosão fica mais intenso
quando carregam em sua massa gelada fragmentos de rocha que funcionam
como uma lixa sobre o solo .
  Os vales glaciais tem a forma de U .Sua parte mais elevada tem forma circular
e recebe o nome de circo glacial .

A erosão eólica 


O vento é um poderoso agente erosivo que atua principalmente nos desertos e nas praias.
O trabalho de erosão do vento ocorre de duas maneiras :
   Pela destruição :Compreende a deflação(quando o vento retira e transporta partículas
finas das rochas) e a corrosão (quando essas partículas são lançados pelo vento contra
outra rochas ,escavando-as com violência).Desses processos resultam grandes depressões,
planaltos pedregosos ou formações com aspectos exóticos ,como cogumelo ,taças ,etc.
   Pela acumulação :Quando o vento deposita os materiais que carrega .O trabalho mais 
típico de acumulação dos ventos sãos as dunas ,grandes elevações de areia que podem 
ser fixas ou móveis ,pois podem mudar de lugar conforme a direção do vento .Outra
conseqüência desse trabalho é a formação de sedimentos muito finos ,amarelados e 
muito férteis ,formados por quartzo ,argila e calcário .


Diagênese dos Fósseis

A fossildiagênese (ou diagênese fóssil) estuda o conjunto de alterações químicas e físicas
(incluindo as ações mecânicas de deformação) sofridas pelos restos dos organismos desde
o momento em que são enterrados até ao momento de sua coleta, já como fósseis. Esses
processos, genericamente chamados de fossilização, podem ser agrupados em três
categorias básicas:

Preservação Total:

aquela que preserva todo o organismo, incluindo os tecidos moles. Há registro de vertebrados 
com preservação total, como o caso de mamutes congelados, encontrados na Sibéria.

Preservação sem alteração do resto esquelético:

a que ocorre sem modificar a estrutura original do resto orgânico. Exemplos: a incrustação 
(crosta de algum minério ao redor de um osso) ou a permineralização (preenchimento dos 
poros dos ossos por algum tipo de mineral). Neste último caso pode haver uma deformação
do fóssil que poderá levar a interpretações taxonômicas errôneas.

Preservação com alteração do resto esquelético:

Ocorre quando há adição, substituição ou ainda dissolução do material original, gerando
moldes do osso original.
Os processos diagenéticos começam logo após o soterramento, pois o acúmulo gradual de
sedimentos desencadeia todo um conjunto de ações que levam à sua progressiva 
consolidação numa rocha sedimentar. Os restos orgânicos associados ao sedimento
irão sofrer estas mesmas ações e se transformarão em fósseis.
A diagênese, apesar de ser facilmente comprovada (se há um fóssil, 
ele sofreu diagênese!), é difícilde ser identificada, uma vez que, na maioria dos
casos, há substituição e adição de outros
minerais ao fosfato de cálcio (mineral original do osso), ou até mesmo a dissolução do osso e posterior preenchimento com outros minerais que estejam solúveis no subsolo, gerando um
molde. Aliás, é importante lembrar que os processos diagenéticos ocorrem após o 
soterramento, já que o fator pressão listostática (pressão exercida pelas camadas de
sedimento sobre os ossos) e temperatura são imprescindíveis para que ocorram os
processos físico-químicos que levam à fossilização.

O Processo De Fossilização

Muitas vezes nos perguntamos como um organismo vivo pode se tornar um fóssil. O
processo parece ser simples, mas é um pouco complexo.
Quando um organismo morre, inicialmente ele é decomposto pelas bactérias e fungos
que degradam a matéria orgânica. Depois disto, o organismo pode ser imediatamente
soterradoou passar por uma série de processos – desarticulação, transporte –
e só depois ser soterrado.
Esse soterramento irá acontecer quando a água, ou outro agente, transportar o
sedimento que irá recobrir o organismo. Depois de soterrado, o organismo irá passar por
um processo chamado de diagênese, que consiste na compactação (pelo peso do
sedimento) e na cimentação (o sedimento depositado sobre o organismo ou por dentro
dele, através de processos químicos,se aglomera e passa a formar uma rocha
sedimentar). Nestas condições, esse organismo agora pode ser considerado um fóssil. 
O movimento das placas tectônicas permite que uma rocha, que antes foi um fundo 
de mar, por exemplo, seja erguida acima da superfície e fique exposta.
Nesta rocha exposta é que o paleontólogo vai procurar pelos fósseis.





















Esquema representando o processo de fossilização.
O processo de fossilização dura milhares de anos, e não ocorre de uma hora para 
outra. Portanto, ainda não podemos fabricar um “fóssil em laboratório”! Entretanto,
a forma 
como ocorre esse processo pode variar. Algumas dessas possibilidades serão 
discutidas a 
seguir.

Tipos de Fósseis

Restos
Vestígios

*Restos

Normalmente consistem nas partes duras dos organismos, pois estas
apresentam alto potencial de preservação. Os restos podem ser 
compostos por: sílica(espículas das esponjas), carbonato de cálcio
(moluscos), hidroxiapatita (ossos de  vertebrados), quitina (exoesqueleto
de artrópodes), celulose (vegetais),entre outros.

Fóssil de um artrópode trilobita, encontrado na Formação Ponta Grossa,
Devoniano da Bacia do Paraná. Material depositado na Universidade
Federal do Paraná. Escala em centímetros (foto de Cristina Vega Dias).
Os restos podem ser preservados de diversas formas:
Preservação Total
Preservaçãcom Alteração dos Restos Esqueléticos
Preservação Sem Alteração Dos Restos Esqueléticos.

Vestígios

Os vestígios representam evidências da existência do organismo ou de sua
atividade.
São úteis para identificar a presença de um determinado organismo quando 
seus restos não foram fossilizados.
Dentre os vestígios, podemos citar as pegadas e pistas de organismos,
coprólitos (fezes fossilizadas), gastrólitos (rochas presentes em restos
estomacais, que auxiliavam na digestão), e também a formação de moldes 
internos e externos.
Para explicar a formação de moldes, vamos tomar como exemplo uma 
concha de um molusco bivalve. A formação de moldes ocorre quando um 
organismo é depositado, e a impressão da porção interna da concha fica 
marcada no  sedimento (molde interno). A impressão da porção externa
da concha é o molde externo. Depois disto, a concha pode ser dissolvida, 
e o espaço ocupado por ela pode ser preenchido por outro material, 
formando o contramolde.